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sábado, 27 de agosto de 2011

O Cajon é um paralelepípedo feito de madeira (contraplacado) com cerca 50 centímetros de altura, 30 de largura e fundo.
Encostado à parte de trás da tampa, na qual se toca, tem um ou mais bordões (cordas graves de guitarra) que formam uma esteira (snare) semelhante à caixa de rufo (tarola) que lhe confere uma sonoridade que vai do agudo brilhante ao grave profundo, quando tocamos respectivamente com os dedos junto às arestas ou no centro do tampo com a palma da mão. Há quem use também baquetas e vassouras.
Para atenuar eventuais harmónicos indesejáveis podem ser colocados pequenos pedaços de fita adesiva sobre os bordões.Supõe-se que os primeiros Cajons eram caixas de madeira para transportar fruta e outros alimentos.
Há também quem refira que os primeiros a serem utilizados foram as caixas para transportar peixe que os marinheiros espanhóis aproveitavam para acompanhar as guitarras nas suas deslocações por mar. Cajon, que continua a ser um símbolo da comunidade negra peruana, que reclama a sua origem, representa um substituo dos tambores africanos que foram proibidos aos escravos. Chegou mesmo a haver uma lei que lhes proibia a posse e a execução do Cajon, no século XVII, no período colonial.
Em Cuba, onde alguns historiadores também reivindicam a sua “paternidade”, alguns ritmos Rumba são tocados no Cajon. A Rumba, que surgiu em Mantanzas, cidade que tive o prazer de conhecer, era tocada em caixas de bacalhau, que se supõe terem sido transformadas, possivelmente, no instrumento de percussão ao qual hoje chamamos Cajon.

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